
…Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós quando ainda éramos pecadores. — Romanos 5:8
Na cruz, temos a síntese perfeita, estabelecida na relação entre a justiça divina e o amor divino. Nela, encontramos suas expressões mais elevadas. Na cruz, a justiça e o amor prevalecem soberanamente. É o amor que não cede, mesmo diante de uma justiça implacável, e uma justiça que não se deixa relativizar diante de um amor imensurável.
A justiça divina deu o seu veredito: “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23) e “todos pecaram e não alcançam o padrão da glória de Deus” (3:23). O amor divino, sem contrariar a justiça divina, responde: “Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
A intransigente justiça constata-se no fato inequívoco de que nem mesmo o Filho de Deus, em Sua morte vicária, eximiu-se dela. O Justo morreu porque se colocou no lugar dos injustos. Igualmente, só é possível hoje os injustos viverem porque receberam a justiça dAquele que os substituiu na cruz. Desta forma, a cruz veio a se tornar sentença condenatória inapelável para o Justo que nela morreu.
Eis aí o testemunho mais poderoso do amor de Deus: aquele que vem a partir de Sua própria justiça. A prova do incomensurável amor de Deus por nós é testemunhada no pleno cumprimento de Sua justiça.
Daí se afirmar que a prova do amor de Deus para conosco está em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5:8). Que amor extraordinário! O versículo de João 3:16 deve ser lido no contexto da justiça divina.
A intensidade do amor de Deus é discernida pelo testemunho da cruz: o preço pago pela salvação.
Soberano Deus, derrama mais do Teu imenso e intenso amor em nosso coração por meio do Espírito Santo.
Autor: MAJ EDMILSON ALVES GOUVEIA — CBMDF, em Pão Diário Segurança Pública
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