O versículo de Mateus 7:1, parte do Sermão do Monte, traz uma advertência direta de Jesus:
“Não julgueis, para que não sejais julgados.”
Essa declaração é, muitas vezes, uma das mais citadas (e também mal interpretadas) das Escrituras. Para compreendê-la corretamente, é necessário analisá-la no contexto do ensino de Cristo sobre hipocrisia, misericórdia e humildade.
Interpretação
Jesus não está proibindo qualquer tipo de avaliação moral ou discernimento. Em outras partes da Bíblia, somos orientados a examinar os frutos (Mateus 7:16), corrigir uns aos outros em amor (Gálatas 6:1), e até mesmo repreender (2 Timóteo 4:2). O que Ele condena aqui é o espírito de julgamento condenatório, arrogante, que vê os erros alheios com dureza enquanto ignora os próprios pecados.
Nos versículos seguintes (Mateus 7:2-5), Jesus deixa claro: o mesmo padrão que usamos para julgar os outros será aplicado a nós. Ele fala da “trave no próprio olho” e do “cisco no olho do irmão”, ensinando que devemos primeiro lidar com nossas falhas antes de tentar corrigir os outros.
Aplicação espiritual
Mateus 7:1 nos ensina a adotar uma postura de graça e misericórdia nas relações humanas. Antes de apontar o erro do próximo, somos convidados à autocrítica sincera e ao arrependimento.
Esse ensinamento também nos ajuda a combater o legalismo e a promover um ambiente de restauração, não de condenação. Em vez de sermos rápidos em julgar, devemos ser prontos em amar, ouvir e compreender.
Em tempos em que críticas são feitas com facilidade nas redes sociais e nos círculos religiosos, Mateus 7:1 nos lembra de que o verdadeiro seguidor de Cristo age com compaixão, humildade e justiça, não com superioridade ou dureza. Afinal, todos somos carentes da graça divina.
Share the post "“Não julgueis, para que não sejais julgados” Mateus 7:1"
0 comentário